sábado, 13 de novembro de 2010

A COBRA CASOU COM O PORCO ESPINHO E TEVE 12 ROLOS DE ARAME FARPADO. Contribuições Étnicas para a Formação da Cultura Brasileira


Francisco Canindé Tinoco de Luna*



Ethos é a imagem que alguém faz de si mesmo. Logo, o grupo de pessoas que se vê com imagem semelhante constitui uma etnia. A contribuição étnica para a formação da cultura brasileira veio da participação de três grandes correntes humanas: brancos de origem européia, especialmente portugueses, negros africanos que vieram obrigados para exercer o trabalho escravo e os índios que aqui estavam no tempo das descobertas. Dessa mistura de etnias nasceu uma das culturas e uma das nações mais diversas e mais interessantes do planeta: o Brasil.
Em princípio, convém ressaltar que a visão tradicional acerca da contribuição das etnias para a cultura de nosso país foi, durante séculos, uma visão preconceituosa e equivocada; chegou-se ao cúmulo de afirmar que o Brasil nunca ia se desenvolver porque as “raças” que tinham formado o nosso povo eram inferiores: o português pouco inteligente e covarde, o negro supersticioso e truculento e o índio preguiçoso e canibal.
A moderna antropologia, no entanto, prova que não pode haver maior equívoco e maior injustiça do que admitir esses absurdos. Na verdade, até mesmo a palavra “raça” foi muito mal empregada por longo tempo; não existe, antropologicamente, diferentes raças entre os homens: o ser humano constitui uma raça só e a diferença de cor nada tem a ver com inteligência, intelecto ou aptidão para qualquer habilidade.
Vamos, no presente trabalho, descrever e analisar um pouco acerca da contribuição desses três importantes elementos humanos na formação da cultura brasileira. O índio que aqui estava no tempo das grandes descobertas, apesar de algumas práticas estranhas ao ideário cristão dos descobridores, tais como a poligamia, o canibalismo e andar nus, deixou heranças importantes que hoje estão impregnadas na cultura brasileira, dentre as quais podemos destacar: o costume do banho diário, a culinária e uma série de termos que foram incorporados ao português brasileiro. Além disso, o ideal de liberdade, característica marcante da brasilidade, certamente é herança dos índios. Lembremos que os povos indígenas, nunca aceitaram a escravidão, fizeram até uma guerra chamada Confederação dos Tamoios para evitá-la e, por isso, obrigaram os portugueses a ter que ir buscar escravos na longínqua África. Interessante acerca dos índios era a tolerância deles para com a questão do homossexualismo. Entre os indígenas, o homossexual era não só respeitado como venerado, era considerado um ser místico e sensitivo que geralmente exercia a função de profeta, conselheiro e de líder espiritual.
Os negros, etnia que foi violentamente arrastada para nosso país para sofrer os horrores da escravidão, tem uma das mais importantes contribuições para nossa cultura. Além da violência física, os negros também sofreram a violência intelectual. Os padres, a serviço de Portugal, procuravam convencê-los de que a escravidão tinha sido uma coisa boa para eles: ao sair da África, eles estavam sendo escolhidos pelo Deus verdadeiro para vir conhecer o cristianismo e os maus tratos pelos quais passavam na escravidão não passavam de uma caridade que os portugueses estavam lhes fazendo para que eles pagassem seus pecados e pudessem se salva, diziam. A contribuição do negro hoje pode ser notada na música e nas danças, mas o grande legado deixado por eles foi a alegria marcante que caracteriza o povo brasileiro.
O branco, elemento invasor e responsável pelo massacre contra os índios e pelas atrocidades contra os negros, também deixou uma contribuição fundamental para a nossa cultura. A língua que falamos, a religião cristã, a organização política e o sistema econômico que o Brasil adotou seguiu a influência portuguesa. Fazendo justiça, é bom que se diga que o português, nem de longe é esse tolo que ainda hoje serve de motivo para muitas piadas e filmes de comédia; segundo Napoleão Bonaparte, o único imperador que conseguiu enganá-lo foi exatamente D. João VI, monarca português que realizou uma das bem elaboradas operações de guerra de todos os tempos: a vinda da família real para o Brasil. Apesar da contribuição positiva dos portugueses, eles também deixaram uma herança que nós precisamos até hoje combater: o complexo de colônia, ou seja, aquela ideia de que bom é o que vem de fora, associada a ideia de que devemos esperar sempre por um “salvador’ que resolva nossos problemas, quando nós mesmos é que deveríamos procurar resolvê-los.
Em síntese, podemos afirmar que tudo de bom que a nossa cultura tem veio das contribuições dessas três etnias: dos índios herdamos o ideal de liberdade, dos negros a alegria e dos brancos a língua portuguesa. Liberdade, alegria e a quinta língua mais falada do mundo: isso é Brasil e esse é o povo brasileiro.

*Professor da Faculdade do Vale do Jaguaribe – FVJ, Especialista em Língua Portuguesa, Leitura e Produção de Textos e Especialista em Metodologia e Docência do Ensino Superior.

domingo, 7 de novembro de 2010

TUDO JUNTO E MISTURADO: A transmissão da Variedade Significativa e a Eficiência da Comunicação humana

Francisco Canindé Tinoco de Luna*


A comunicação humana, feita por meio da linguagem, nada mais é do que a transmissão de significados. O homem, observando o mundo a sua volta, percebe e capta milhares de informações e sentimentos. Essas informações e sentimentos viram imagens em sua mente, ou seja, viram símbolos, símbolos que, logo a seguir, ganham valor e se transformam em significados. Esses significados são vitais para a sobrevivência e o progresso humano, pois, tratam de avisar perigos, apontar vantagens, informar sobre uma descoberta, passar o conhecimento a frente e etc.
Acontece que o homem percebe e sente a cada instante novas informações e sentimentos e é isto que faz com que, ao longo de sua trajetória de vida, o ser humano produza uma quantidade infinita de significados, ou melhor, produza uma grandiosa variedade significativa. Surge aí um problema: Como é que o homem vai conseguir passar para o outros, com eficiência, essa quantidade infinita de significados que ele produz ao longo de sua existência? Em outras palavras, como é que o homem consegue obter eficiência comunicativa?
Para responder a essa pergunta vamos descrever um pouco acerca da história da transmissão da variedade comunicativa. Dizem os estudiosos que os animais também conseguem transmitir significados, ou seja, de certo, eles também conseguem se comunicar. Os peixes conseguiriam transmitir até dez significados, enquanto algumas espécies de macacos até quarenta sinais. São sons e posturas corporais que os animais transmitem uns aos outros para comunicar alguma coisa: a aproximação de um predador, a existência ou falta de comida, a sexualidade e etc. No fundo, esse comportamento, seria muito mais instintos de sobrevivência do que propriamente uma comunicação; de qualquer modo, é inegável que se trata de uma forma incipiente de transmissão de variedade significativa.
O homem, lá nos seus primórdios, não era muito diferente dos outros animais. Acredita-se que, antes de criar a linguagem verbal, os humanos conseguiam transmitir cerca de 100 a 150 sinais, o que tornaria a comunicação humana absolutamente impossível, haja vista a quantidade infinita de significados que produz ao observar a natureza a sua volta. Para resolver esse problema, o homem, depois de muito esforço e de muitos séculos, ou quem sabe milênios, criou um instrumento potente para transmitir com eficiência a variedade significativa, ou seja, para se comunicar com eficiência: esse instrumento potente é conhecido como linguagem verbal humana.
O percurso do homem primitivo até a invenção da linguagem verbal foi mais ou menos assim: O ser humano primitivo, lá nas cavernas, agiu sobre a natureza criando a cultura e o trabalho; ao trabalhar e transformar a natureza o homem se sentiu um ser produtivo; ao produzir se viu diferente dos demais entes da natureza e tomou consciência de si próprio; tomando consciência se viu na tríade existencial do “eu, aqui, agora”, passando a ter noção de individualidade,de tempo e de espaço; questionando-se acerca do “eu, aqui, agora”, o homem começou a simbolizar mentalmente o que via e iniciou um processo de comunicação consigo mesmo, o que chamamos de comunicação intra-humana; essa comunicação intra-humana veio junta com o desejo e a necessidade de passar a frente esses significados; surge assim o desejo de falar e para falar comunicando com eficiência o símbolos que estavam em sua mente o homem criou a linguagem verbal.
Mas a linguagem verbal já nasceu com um problema: como é que milhões de significados que são produzidos pelo homem no seu contato com o mundo seriam transmitidos de modo eficiente pela linguagem que, como sabemos, é composta por um número pequeno e limitado de sinais e fonemas? A linguagem é um instrumento, mas, todo instrumento para funcionar precisa de um dispositivo. Por exemplo, um carro é um instrumento que para funcionar precisa de chave de ignição. Qual foi, então, a chave de ignição da linguagem verbal? A resposta é: a chave que aciona a linguagem é um dispositivo que, incrivelmente, aparece em todas as línguas naturais e chama-se dupla articulação da linguagem. Mas a dupla articulação da linguagem é tema para outra aula. Vamos parar por aqui; não há necessidade de “sofrer” por antecipação.


*Professor da Faculdade do Vale do Jaguaribe – FVJ, Especialista em Língua Portuguesa Leitura e Produção de Textos e Especialista em Metodologia e Docência do Ensino Superior

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

DONDE TU REIN, PRONDE TU RAI? Aspectos Históricos da Cultura Brasileira





Francisco Canindé Tinoco de Luna*


A cultura brasileira começou a ser gestada no contexto histórico do século XV. Vivia-se o fim da idade média e o capitalismo estava em seus primórdios. A transformação do artesanato em manufatura abriu novos mercados ao redor do mundo e esse fato forçou as grandes navegações que se tornaram possível graças às novas invenções: caravela, bússola, pólvora, papel e etc. Ao chegar a terras distantes para travar relações comerciais, os europeus acabaram descobrindo a outra parte do mundo e iniciaram um processo de colonização e aculturação dos povos nativos. Foi no bojo desses acontecimentos que nosso país foi descoberto e que se deu inicio a um longo e doloroso processo de colonização e, paralelamente, de formação da cultura brasileira.
Para entender o processo de formação da cultura brasileira precisa-se partir da premissa de que o Brasil, como país colonizado, dominado e aculturado pelos portugueses, teve uma cultura transplantada, ou seja, imposta de Portugal para cá, já que nada do que tínhamos aqui em matéria de cultura autóctone interessava aos invasores. Brancos portugueses, considerando-se civilizados, negros africanos supostamente em estado de barbárie e índios nativos taxados de selvagens, foram as correntes humanas que mais contribuíram para a formação de nossa cultura.
São aceitas três etapas no processo de formação da cultura brasileira: Cultura Colonial que se inicia em 1500 com o descobrimento e vai até 1750 com a expulsão dos jesuítas; Cultura de Transição de 1750 até 1930 com o início da era Vargas e a consolidação do poder burguês no Brasil; e Cultura Nacional que vem de lá até os dias atuais.
Na fase de Cultura Colonial prevalece e transplantação brutal da cultura européia, com o extermínio dos índios, a escravização dos negros e alienação da educação jesuítica. Esse é o período do roubo do pau Brasil e do ciclo da cana de açúcar. Nesse período não se fala português no Brasil, o idioma é a língua geral e os Jesuítas acabam sendo expulsos, inclusive para permitir a imposição da língua de Camões. Na fase da Cultura de Transição, continua os métodos da fase anterior, acrescida do enriquecimento de algumas camadas sociais em função do ciclo do ouro e o consequente surgimento da pequena burguesia. É nesse período que surge a consciência nacional, as lutas pela separação de Portugal e a independência do Brasil. A cultura de elite, os preconceitos raciais e o complexo colonial, ainda hoje presente, se formatou nessa fase. As lutas sindicais do início do século XX, fundação do Partido Comunista e a Coluna Prestes eram sintomas de que uma nova etapa da cultura nacional estava prestes a se iniciar: a cultura nacional propriamente dita.
Na fase dita de Cultura Nacional, a burguesia assume definitivamente o poder em nosso país e aflora o autêntico espírito de brasilidade na Semana de Arte Moderna. Surgem os meios de comunicação de massa – MCM, especialmente rádio e televisão e a indústria cultural com o cinema, as gravadoras musicais, o teatro profissional e as grandes editoras de livros e revistas. Nas artes surgem manifestações genuinamente nacionais como o concretismo, a poesia práxis, o poema processo, o tropicalismo, a geração mimeógrafo e a poesia marginal. No dizer de Caetano Veloso a cultura nacional teria nascido na Semana de Arte moderna em 22, teria se internacionalizado com o concretismo na década de 50 e teria se popularizado em 60 com o tropicalismo.
A cultura nacional, na atualidade, vive o momento chamado de pós-modernidade, compreendendo-se esse tal pós-modernismo, como sendo a era do tratamento informatizado do conhecimento. Época da sociedade do espetáculo e do conhecimento, na qual a informação passada com velocidade espantosa é o insumo mais importante. Um momento em que os fundamentos do mundo moderno começam a ser questionados, as crenças caem por terra, as grandes certezas não são mais as mesmas e o homem parece, perdido, caminhar em busca do nada.
O Brasil, no momento, passa por uma crise de identidade quanto aos passos que dará rumo a um futuro de destaque no conjunto das nações do planeta: implementaremos um projeto autônomo de desenvolvimento nacional ou embarcamos na onda da integração sem regras ao contexto internacional? Precisamos, urgentemente, definir nossa identidade enquanto nação do século XXI: seremos o Brasil de Tiradentes ou de Joaquim Silvério dos Reis?

REFERÊNCIAS

BOSI, A. Cultura brasileira: temas e situações. São Paulo: Ática,s.d.
BRAGA, J.A. Cultura Brasileira. Fortaleza: Faculdade Gama Filho, 2001.
SODRÉ, N.W. Síntese da história da cultura brasileira. 20. ed. Rio de Janeiro: Bertrond do Brasil, 2003

*Professor da Faculdade do Vale do Jaguaribe – FVJ, Especialista em Língua Portuguesa, Leitura e Produção de Textos e Especialista em Metodologia e Docência do ensino Superior.

domingo, 19 de setembro de 2010

O SIGNIFICADO DE SIGNIFICADO. Texto do professor Tinoco Luna utilizado em aulas de Semântica



O SIGNIFICADO DE SIGNIFICADO
A busca da Ciência por este velho “senhor” das mil faces


Francisco Canindé Tinoco de Luna*

Por mais paradoxal que possa parecer, a SEMÂNTICA é o mais novo campo de estudo de estudo da Lingüística e, ao mesmo tempo, a preocupação mais antiga da investigação sobre linguagem. Na verdade, desde o século V antes de Cristo, portanto há 2.500 anos lá na Grécia antiga, os filósofos já procuravam explicar a origem e a natureza da linguagem, bem como a relação entre as palavras e as coisas que elas nomeavam ou significavam. Porém, enquanto a morfologia, a sintaxe e a fonologia, foram muito bem desenvolvidas pelo estruturalismo e pelo gerativismo, o estudo do significado em torno do que hoje se chama Semântica, só começou a ser sistematizado enquanto disciplina nas últimas décadas.
Desse paradoxo podemos extrair duas lições: a primeira é que, se a investigação sobre o significado remonta milênios é porque essa área de estudo é que é realmente importante e que deve desempenhar papel central no estudo sobre o fenômeno da linguagem. Depois, se a tentativa de transformar a Semântica em ciência é coisa recente, isso se deve ao fato da grande dificuldade que sempre se teve em definir o que é significado. Os teóricos, até bem pouco tempo, sempre fugiam dessa questão e, enquanto esperavam que outros ramos do conhecimento como a filosofia, a psicologia e a antropologia, explicassem nuances até então não investigadas no campo do saber, a semântica ia sendo marginalizada e “empurrada para frente com a barriga”.
Para apreender o significado, esse fugaz objeto de estudo da Semântica, um caminho a ser trilhado pode ser o das múltiplas inteligências de que o homem dispõe segundo nos informou recentemente a psicologia cognitiva. A saber: inteligência lingüística para lidar bem com as palavras; a lógico-matemática para a habilidade do cálculo; a musical para se expressar por meio de rítimos e sons; a pictórico-espacial para se projetar mentalmente no espaço e esquematizar arquétipos; a cinético-corporal para expressar sentimento por meio do corpo; a interpessoal para um bom relacionamento social; a intrapessoal para conviver bem com os problemas internos e para auto-aceitação; a emocional numa somatória das duas últimas; e a espiritual ligada à defesa de causas nobres.
Mesmo acionando esse arsenal de inteligências, o significado continua escorregadio, difícil de ser entendido. Trata-se de um amálgama, um corpo sem rosto, ou de um ser de muitos disfarces. Em alguns momentos, o significado serve à Psicologia quando ajuda a entender como funciona a mente humana e como se adquire o conhecimento. Noutra ocasião está na Filosofia procurando mostrar como o ser humano constrói suas idéias acerca do mundo e como essas idéias se estruturam de modo aceitável. Depois aparece na Lógica querendo explicar a verdade para saber se ela está no mundo ou se nós a construímos. Como não poderia deixar de ser, e aqui está o nosso interesse maior, o significado também pasta livremente pelos campos da Lingüística e, nessa área em particular, busca entender como o homem elabora seu pensamento simbólico e como se processa o fluxo intersubjetivo de significados, responsável em última instância pela construção da cultura humana.
Para termos uma idéia da importância e da complexidade do que seja significado, nessa busca pelo sentido da vida e pela verdade dos fatos, atentemos para duas matérias publicadas na imprensa nos últimos tempos: uma, de 24/11/2004, no Diário do Nordeste, mostra a hipótese levantada por dois prestigiados cientistas ingleses, na qual a terra e toda humanidade poderia ser apenas uma realidade virtual como no filme Matrix; uma civilização superior teria nos criado para fazer testes. A outra, na revista Época do dia 06/08/2007 que, falando das últimas pesquisas sobre Sinestesia, distúrbio da troca de sentidos que em grau maior ou menor quase todos temos (um gosto parecer um cheiro, um som parecer uma cor, etc), levanta a hipótese de que os conceitos que carregamos em nossa cabeça, influenciam o modo como vemos o mundo e vice-versa.
Nesse texto introdutório sobre Semântica, buscamos atiçar a curiosidade dos alunos, preparando-os para a disciplina que ministraremos neste VI período de Letras da FVJ. Mostramos que a Semântica, como nos diz Duarte (2001) se “constitui num dos domínios mais fascinantes da linguagem, cuja essência pressupõe a troca de conteúdos simbólicos que permitem a transmissão da cultura entre os homens”.
Na busca do significado de significado, certamente, parafraseando Shakespeare, “há muito mais do que nossa vã filosofia”. Este velho “senhor das mil faces”, objeto de estudo da Semântica, em última instância é quem inventa o mundo em que vivemos.

* Especialista em Língua Portuguesa, Leitura e Produção de Texto; Especializando em Metodologia e Docência do Ensino Superior; Professor de Produção Textual, Lingüística Textual, Literatura Cearense e Semântica da Faculdade do Vale do Jaguaribe – FVJ.

REFERÊNCIAS

BORBA, F. da S. Introdução aos estudos lingüísticos. 9. ed. Campinas: Pontes, 1991.
DUARTE, M. H. Iniciação à Semântica. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1988.
KOCH, I. G. V. A inter-ação pela linguagem. São Paulo: Contexto, 1992

segunda-feira, 31 de maio de 2010

O CRIME NÃO COMPENSA. Melina Galdino consegue revelações importantes na entrevista com um criminoso


ENTREVISTA COM UM CRIMINOSO; detalhes do submundo das penitenciarias

Melina Galdino de Souza*



Eu tento com esta matéria mostrar um pouco acerca de uma pessoa que já se envolveu em alguns crimes. Não tenho a menor intenção de saber detalhes de sua vida desta pessoal, nem tão pouco invadir sua privacidade, por isso não revelo o nome verdadeiro do entrevistado. Agradeço a confiança que ele depositou em mim ao concordar em me dar essa entrevista para uma matéria acadêmica.
Melina- No ano de 1995, Roberto** foi um dos sete assaltantes de uma das agencia do Banco do Brasil de Fortaleza (CE) Ele me contou um pouco sobre este assalto e também me dá uma breve entrevista de como é a vida dele hoje. Como aconteceu este assalto?
Roberto- Foi o seguinte: Eu e mais seis amigos, um deles soldado, combinamos de assaltar o banco. O soldado que era da Paraíba tinha um pouco de conhecimento e nos convidou e depois agimos. Todo plano foi feito no estado da Paraíba. Quando chegamos ao local na cidade de Fortaleza, o soldado entrou primeiro no banco seguido de mais dois que eu não sei quem eram. Antes que nós saíssemos do banco a policia local chegou atirando, eu levei dois tiros nas pernas, consegui fugir para o Rio grande do Norte sendo preso depois de algum tempo. Quando os policiais me pegaram eu já tinha abandonado todo o dinheiro que estava comigo, sem nem saber a quantia, assim como armas. Eu queria me livrar daquela situação ainda mais porque eu estava ferido. Nunca antes eu havia pensado em fazer algo como assaltar um banco, mas com o tempo as pessoas vão mudando, não sei como surgiu a ideia.
Melina- Falando sobre os dias de hoje, como você considera sua vida Roberto?
Roberto- Normal como a de outras pessoas, tenho casa, um trabalho digno, vivo em uma cidade tranqüila.
Melina- Quais foram a conseqüências na época do assalto?
Roberto- Na prisão, fui maltratado, porque como no assalto feri um policial, eles revidaram me maltratando, para dificultar minha vida durante aquele tempo na prisão. Também o fato de ficar longe dos meus filhos e a discriminação sofrida por parte da sociedade
Melina- Como era a vida na prisão?
Roberto- Na primeira vez na prisão, os primeiros meses foram bem difíceis. Como já respondi antes sofri bastante, maus tratos pelos policiais, fiquei na solitária, dormi no chão com ratos,baratas. E às vezes os “gambés” (como ele chama os policiais ) invadiam a cela com lanternas e armas para coagir e me ameaçar de morte. Depois de um tempo eles me esqueceram um pouco e então fiz amizades com outros presos, comecei a trabalhar dentro do presídio, o trabalho era na parte interna, eu fazia serviços como receber as pessoas que iam visitar outros presos. Algumas pessoas chegavam a me perguntar o meu horário de saída, me confundindo como um funcionário normal. Mas tudo isso apenas depois de ganhar confiança dos agentes penitenciários e da direção, inclusive do chefe de disciplina.
Melina- Você acha que sua vida teria sido diferente se você não tivesse feito algumas coisas no passado?
Roberto- Bem antes de eu cometer os primeiros crimes eu era evangélico e freqüentava a igreja, estudava, fazia teologia bíblica, trabalhava como mecânico. Depois de me envolver no crime tive como conseqüência, parar de trabalhar. Mas mesmo na cadeia eu tive a chance de trabalhar e neste trabalho recebia mais ou menos meio salário na época e redução de pena. Neste trabalho aprendi várias coisas como: artigos relacionados ao crime e a pena. Apesar de estar preso eu não me considerava um bandido pois eu estava pagando por algo que eu fiz, cumpri pena por três anos e sete meses. Eu sai às 5 horas para trabalhar no próprio presídio e voltava para a cela as 17 horas da tarde
Melina- Você ver razões para alguns dos crimes feitos por outras pessoas?
Roberto- Na realidade, não existem justificativas para os crimes feitos hoje, como crimes contra pessoas inocentes, a violência hoje é tão grande que as pessoas morrem sendo inocentes. Se eu tivesse ficado em uma cadeia que eu não pudesse trabalhar eu talvez tivesse me tornado mais violento. No período em que eu estava preso houve duas rebeliões, mas eu não participei de nenhuma, a prisão foi como uma faculdade da vida. Na prisão se você não tem uma ocupação você pode se tornar mais violento e aprender meios de cometer outros crimes. Hoje o que aumenta a criminalidade é a droga. As autoridades deveriam ver o lado social que está deixando a desejar, nem todos jovens se interessam pela educação que é fundamental.
**O nome Roberto foi alterado para manter a privacidade do entrevistado


*Aluna do I período de Letras da Faculdade do Vale do Jaguaribe - FVJ

SITE DA FVJ DÁ AMPLA COBERTURA AO I ENCONTRO DO GELF


O I Encontro do Grupo de Estudos da Línguagem da Faculdade do Vale do Jaguaribe - GELF, realizado na quinta-feira, 27 de maio, durante as atividades da I Jornada de Práticas Acadêmicas, teve ampla cobertura fotográfica por parte do site oficial da FVJ. Na foto ao lado você vê o aluno Caio, do VII período de Letras, fazendo o papel de Édipo. O julgamento de Édipo foi uma das atividades do GELF, ao lado do lançamento da Revista Eletrônica do I período e da apresentação dos trabalhos científicos do III período de Icapuí. Para acompanhar o painel de fotogafias clique AQUI.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

COPA DO MUNDO: Texto de Bruna Cristina fala sobre o maior espetáculo da terra


COPA DO MUNDO; o esporte a serviço da confraternização entre os povos



Bruna Cristina Silva Simões*


A copa geralmente começa atrelada aos eventos juninos. E durante a mesma, todos são um só, vestido de verde e amarelo e gritando pela seleção, com as TVs sintonizadas, bandeiras e faixas expostas, pinturas no chão etc.. Não há ricos ou pobres, pretos ou brancos, heteros ou homos, todos constituem assim uma nação torcendo pelo que talvez seja a única coisa que nos una por completo: O futebol.
A copa é um torneio de futebol realizado a cada quatro anos onde seleções do mundo inteiro se reúnem para disputá-la; foi criada no ano de 1928 pelo francês Júlio Rimet. Além de ser um campeonato que reúne 32 seleções jogando entre si por aproximadamente um mês, é o acontecimento esportivo, mais amplamente acompanhado em todo o mundo.
A competição foi pela primeira vez televisionada em 1954, e até hoje é um dos eventos mais assistidos no mundo, ultrapassando até mesmo os jogos olímpicos. Nestas ocasiões, todos os brasileiros ficam com um só pensamento e objetivo: ganhar a copa do mundo. É nesse tempo que o coração dos torcedores brasileiros ficam repletos de esperança e amor. Além de ser um campeonato cheio de suspense é o único que consegue parar o mundo todo. E tornar a copa um evento espetacular, é um desafio que também está destinado ao Brasil em 2014, quando mostraremos ao mundo o que somos e onde podemos ir. Afinal, assim como outros grandes espetáculos, a copa é uma ocasião em que nós, seres humanos, podemos revelar nosso grande tesouro: a confraternização universal.

*Aluna do 1º Período de Letras da FVJ

quarta-feira, 26 de maio de 2010

GRUPO DE ESTUDOS DA LINGUAGEM DA FVJ LANÇA REVISTA ELETRÔNICA


LANÇADA A REVISTA ELETRÔNICA GRANDES TEMAS – primeiro resultado das ações do Grupo de Estudos da Linguagem da FVJ - GELF



Francisco Canindé Tinoco de Luna*



Como resultado das primeiras ações do GELF – Grupo de Estudos da Linguagem da FVJ foi lançada no último dia 27 de maio de 2010, quinta-feira, às 19 horas, no Instituto Waldemar Falcão, a REVISTA ELETRÔNICA GRANDES TEMAS, dentro da programação da I Jornada de Práticas Docentes dos Cursos de Letras e Pedagogia. A Revista consiste de textos produzidos pelos alunos do I período de Letras da FVJ, sobre os mais variados e polêmicos temas da atualidade. Trata-se de uma atividade de produção textual na perspectiva dos gêneros textuais e discursivos. Ao levar os alunos a produzirem textos que serão lidos por toda a comunidade acadêmica ( e certamente por toda a sociedade já que estão disponíveis na internet) estamos incentivando a produção textual em situações reais de interação sócio-comunicativa e adotando a concepção interacionista de linguagem que, comprovadamente, tem dados excelentes resultados. Alertamos que os textos publicados na Revista não possuem ainda caráter científico; são mais próximos do domínio jornalístico, nos gêneros editorial, artigo de opinião ou informativos. Isso porém, não diminui o valor dessas produções, pois, como vemos em Metodologia da pesquisa educacional (FAZENDA, 2000, p.7) a dificuldade mais freqüente para quem vai produzir um trabalho científico “é a dificuldade para escrever, pois, a expressão escrita requer, antes de mais nada, uma apropriação do objeto da escrita”. A REVISTA ELETRÔNICA GRANDES TEMAS é, de modo proposital, um primeiro esforço no sentido de vencer essa dificuldade, habilitando os alunos para o exercício da escrita já no I período, com vistas aos inúmeros relatórios, resenhas, artigos e outros trabalhos científicos que eles serão chamados a fazer durante toda sua vida acadêmica na FVJ. Nestas ocasiões aí sim, todos serão cobrados a produzirem textos com o devido rigor acadêmico e dentro dos padrões adequados de textualidade, coesão, coerência e unidade sócio-comunicativa, semântica e formal. Aproveitamos a oportunidade para agradecer à Professora Isabella, coordenadora dos Cursos de Letras e Pedagogia pelo apoio dado aos trabalhos do GELF, aos demais professores dessas áreas, bem como a todos os alunos e alunas do I período de Letras da FVJ pelo empenho e motivação com que produziram os textos da Revista que ora apresentamos. Todos estão convidados a ler os textos, sugerir, comentar, criticar e divulgar


*Professor de Produção Textual e Orientador do Grupo de Estudos da Linguagem da FVJ - GELF

RELIGIÕES. Texto de Jeane Batista aborda essa característica comum a todos os povos



RELIGIÕES; a saga da humanidade na busca de seu reencontro com o mistério divino


Jeane Batista de Almeida*


A palavra portuguesa religião deriva da palavra latina religionem, mas desconhece-se ao certo que relações estabelecem religionem com outros vocábulos. Aparentemente no mundo latino anterior ao surgimento do cristianismo, religionem referia-se a um estilo de comportamento marcado pela rigidez e pela precisão.
Dentro do que se define como religiões, podemos encontrar muitas crenças e filosofias diferentes. As diversas religiões do mundo são de fato muito diferentes entre si. Porém ainda assim é possível estabelecer uma característica em comum entre todas elas. É fato que toda religião possui um sistema de crenças no sobrenatural, geralmente envolvendo divindades, deuses e demônios. As religiões costumam também possuir relatos sobre a origem do Universo, da Terra e do Homem, e o que acontece após a morte. A maior parte crê na vida após a morte.
A religião não é apenas um fenômeno individual, mas também um fenômeno social. A igreja, o povo escolhido (o povo judeu), o partido comunista, são exemplos de doutrinas que exigem não só uma fé individual, mas também adesão a certos grupos sociais. A idéia de religião com muita freqüência contempla a existência de seres superiores que teriam influência ou poder de determinação no destino humano. Esses seres são principalmente deuses, que ficam no topo de um sistema que pode incluir várias categorias: anjos, demônios, semideuses, etc.
As religiões que afirmam a existência de deuses podem ser classificadas em dois tipos: monoteísta ou politeísta. As religiões monoteístas admitem somente a existência de um único deus, um ser supremo. As religiões politeístas admitem a existência de mais de um deus. Atualmente, as religiões monoteístas são dominantes no mundo: judaísmo, cristianismo e Islã juntos agregam mais da metade dos seres humanos e quase a totalidade do mundo ocidental.
Quanto à legitimação da existência e da validade de um sistema religioso, este costuma apelar a uma revelação ou à obtenção de uma sabedoria por parte de um fundador, como sucede no budismo, onde o Buda alcançou a iluminação enquanto meditava debaixo de uma figueira ou no Islã, em que Muhammad recebeu a revelação do Corão de Deus. As religiões estabelecem que certos períodos temporais são especiais e dedicados a uma interação com o divino. Esses períodos podem ser anuais, mensais, semanais ou podem mesmo se desenrolar ao longo de um dia. Algumas religiões consideram que certos dias da semana são sagrados. Outras marcam esses dias sagrados de acordo com fenômenos da natureza, como as fases da lua, na religião Wicca.
Embora cada religião apresente elementos próprios, é também possível estabelecer uma série de elementos comuns às várias religiões e que podem permitir uma melhor compreensão do fenômeno religioso. As religiões possuem grandes narrativas, que explicam o começo do mundo ou que legitimam a sua existência. O exemplo mais conhecido é talvez a narrativa do Gênesis na tradição judaica e cristã.

*Aluna do I período de Letras da FVJ

segunda-feira, 24 de maio de 2010

ABORTO. Texto de Eliane Martins avalia as consequência dessa prática


O A BORTO E SUAS CONSEQUÊNCIAS; uma questão de saúde pública

Eliane Martins da Silva*



O aborto é definido como a interrupção da gravidez antes que o feto possa sobreviver fora do útero. Mas em alguns casos o aborto é feito de uma maneira ilegal; uma atitude que as pessoas tomam para se livrar de seu próprio erro, mesmo sabendo que o aborto feito dessa maneira é um crime. O ser humano que tem coragem de fazer isso com um inocente que nem sabe se defender merece sofrer o resto de sua vida.
Tem mulher que faz o aborto em casa mesmo; toma remédio sem que o médico saiba, mesmo ela estando ciente das conseqüências que vem mais tarde. Além disso, muitas mulheres que faz aborto uma vez, ficam o resto da vida sem poder engravidar como conseqüência do que fez. Um aborto realizado por pessoa não habilitada ou sem as condições adequadas expõe a paciente à infecções, hemorragias, infertilidade futura ou mesmo morte.
Já o aborto espontâneo é o término acidental de uma gravidez com menos de 20 semanas de gestação. A causa mais comum é um defeito no embrião ou feto que impede seu desenvolvimento natural. O defeito pode ser hereditário, causado pela exposição da mãe a certos medicamentos ou radiação, ou ainda resultar de doenças infecciosa.
O tipo de aborto que pode ser tolerado é aquele quando certo teste mostra que o feto está se desenvolvendo com uma anomalia ou má-formação. Quando acontece um aborto dessa maneira, aí sim, não è um crime. Porém, muito diferente é quando a mãe mesma o faz para tirar a vida de uma criança que não tem culpa de vir ao mundo; esse é um crime sem perdão; sem falar que a mãe corre serio risco de morte, pois fazer uma coisa dessas sem médico por perto è perigoso.

*Aluno do I período de letras da FVJ

MENORES INFRATORES; Texto de Nayne Patrícia aponta a educação como saída para a delinquencia juvenil


MENORES INFRATORES; investimentos em educação podem reduzir o problema

Nayne Patrícia Silva Lima *




No nosso cotidiano, é muito freqüente vermos e ouvirmos notícias de menores que estão envolvidos no mundo do crime, seja roubando, vendendo drogas e até matando. E nos perguntamos: onde vamos parar? O que leva uma criança a cometer tais atos? Será que nós somos capazes de mudar essa realidade tão cruel?
No Brasil, cerca de 17,4% da população carcerária é de crianças e adolescentes que estão detidos em unidades de reabilitação espalhadas por todo o pais. Mas, na maioria das vezes essa medida não funciona, pois quando elas saem encontram mais uma vez a família desestruturada, o lugar em que mora cheia de pessoas desequilibradas, uma realidade muito dura aos seus olhos de criança. Por isso antes de julgarmos o ato criminoso de uma criança devemos levar em conta todos os fatores citados e, a partir daí, tirarmos nossas conclusões. Isso porque se uma criança convive com um pai drogado, uma mãe alcoólatra e não tem o amor e a atenção que toda criança tem que ter, a tendência é que ela se torne uma pessoa agressiva, rude e bastante frustrada.
Para mudar essa realidade é preciso primeiro analisar a vida dessas crianças e ver que tipo de gente as rodeia, bem como até que ponto essa convivência pode afetar psicologicamente esses menores. É a partir daí que se deve tomar as medidas cabíveis para o problema em que eles se encontram; isso pode ser feito através de tratamento psicológico para elas e para suas famílias ou integrá-las em movimentos sociais mostrando o que realmente vale a pena. Além disso, é fundamental investir em educação de qualidade, porque só através da educação é que formaremos cidadãos de bem.

*Aluna do I período de Letras da FVJ

sábado, 22 de maio de 2010

PROSTITUIÇÃO. Texto de Elenilda Ferreira mostra conexão entre o sistema capitalista e a exploração do sexo



PROSTITUIÇÃO; conceito dessa prática tem a ver com a noção de propriedade privada


Elenilda Ferreira Bezerra *


A prostituição pode ser definida como a troca consciente de favores sexuais por interesses não sentimentais, afetivos ou prazerosos. Apesar de comumente a prostituição se constituir numa relação de troca entre sexo e dinheiro, esta não é uma regra. Pode-se trocar relações sexuais por favorecimento profissional, por bens materiais (incluindo-se o dinheiro), por informação, etc.
A prostituição é praticada mais comumente por mulheres, mas há um grande número de casos de prostituição masculina em diversos locais ao redor do mundo. A sensibilidade sobre o que se considera prostituição pode variar dependendo da sociedade, das circunstâncias onde se dá e da moral aplicável no meio em questão. A prostituição é reprovada em diversas sociedades, devido a ser contra a moral dominante, à possível disseminação de doenças sexualmente transmissíveis (DST), por causa de adultério, e pelo impacto negativo que poderá ter nas estruturas familiares (embora os clientes possam ser ou não casados).
Na cultura silvícola de algumas regiões, inclusive no interior da Amazônia, Brasil, e em algumas comunidades isoladas, onde não há a família monogâmica, não existe propriedade privada e, por conseguinte não existe prostituição: o sexo é encarado de forma natural e como uma brincadeira entre os participantes. Já onde houve a entrada da civilização ocidental o fenômeno da prostituição passa a ser observado com a troca de objetos entre brancos e índias em troca de favores sexuais.
A ONU, em 1949, denunciou e tentou tomar medidas para o controle da prostituição no mundo. Desde o início do século XX os países ocidentais tomaram medidas visando a retirar a prostituição da atividade criminosa onde se tinha inserido no século anterior, quando a exploração sexual passou a ser executada por grandes grupos do crime organizado; portanto, havia a necessidade de desvincular prostituição propriamente dita de crime, de forma a minimizar e diminuir o lucro dos criminosos. Dessa forma as prostitutas passaram a ser somente perseguidas pelos órgãos de repressão se incitassem ou fomentassem a atividade publicamente.
Com a disseminação de medidas profiláticas e de higiene e o uso de antibióticos, o controle da propagação de doenças sexualmente transmissíveis (DST) e outras enfermidades correlatas à prostituição pareciam sob controle em meados da década de 1980 no século XX. Porém, a AIDS tornou a prostituição uma prática potencialmente fatal para prostitutas e clientes, havendo no início da enfermidade uma verdadeira epidemia.
Modernamente, com as doenças sexualmente transmissíveis, entre as quais a AIDS, a prática da prostituição recebeu um golpe. Foi necessária a intervenção estatal para o controle e prevenção das doenças, que atingiram níveis de epidemia no final do século XX, início do século XXI, extinguindo boa parte da população de risco (pois são enfermidades fatais aos clientes e prostitutas).
Apesar das tentativas de órgãos de saúde pública em todo o mundo na prevenção a estas doenças, em regiões mais pobres do planeta, miséria e prostituição são palavras praticamente sinônimas. Nas regiões mais pobres a miséria, a prostituição, o tráfico de drogas e as DST se entrelaçam. No Brasil a prostituição infantil é comum nas camadas mais pobres dos grandes centros urbanos. Nas capitais do Nordeste em especial, existe o turismo sexual, onde crianças de ambos os sexos são recrutadas para satisfazer os desejos de pedófilos provindos de todas as partes do mundo, em especial dos Estados Unidos e da Europa. Alguns países já reconhecem legalmente a prostituição como profissão, a exemplo da Alemanha. Com a popularização dos meios de comunicação em massa, novas formas de prostituição se verificam, como o sexo por telefone, e sites onde o sexo é vendido em filmes, imagens, web cams ao vivo, etc., criando uma nova forma da atividade: a prostituição virtual.
O aumento do tráfico de mulheres, adolescentes e crianças, em Portugal, na Europa e no mundo é bastante preocupante. Porém, pesquisas calculam que mais de 500 mil mulheres na Europa e muitos milhões no mundo sejam vítimas de tráfico. O objetivo do tráfico nem sempre é a exploração sexual das vítimas. Por vezes, são vítimas de casamentos forçados, de trabalho clandestino, de trabalho doméstico e até mesmo de escravidão. Contudo, é a exploração sexual (prostituição) o maior motivo do tráfico de mulheres.
O tráfico de mulheres resulta de uma repartição desequilibrada da riqueza mundial e colocar fim a esse fenômeno pressupõe uma reestruturação nas políticas sociais de forma a tornar o mundo mais justo e afastar a exploração capitalista que hoje domina o mundo.


*Aluna do I período de Letras

CÉLULA-TRONCO. Texto de Rosy Linhares coloca as expectativas desse ramo da ciência


CÉLULA-TRONCO; pesquisas mostram uma luz no fim do túnel para portadores de anomalias


Rosiane Oliveira da Silva*


Nos últimos anos o assunto “células- tronco” tem sido muito debatido, e é objeto freqüentemente exposto na mídia. Como a maioria das grandes novidades, esta área está sendo superestimada se for considerada a realidade atual, entretanto não há dúvidas de que as suas potencialidades são enormes. Pode-se até esperar um novo tipo de medicina a partir da evolução dessas pesquisas. Na verdade, o que se tem hoje são uma série de perspectivas e os resultados obtidos nas experiências em animais de pequeno porte não podem, ainda, ser estendidos para a espécie humana.
Experiências clínicas têm, entretanto, mostrado resultados alentadores. Os diferentes tecidos são formados por células com características diversas. Quando uma das primeiras células do embrião sofre uma mitose e se divide, as duas células resultantes têm a mesma constituição genética e as mesmas características. A embriogênese progride com a contínua multiplicação das células, aumentando o número das mesmas e o tamanho do embrião. O interessante é que dentro da célula mais primitiva, o zigoto, existe informação suficiente para que, na medida em que essas células forem se dividindo, aos poucos ocorra uma diferenciação, originando diferentes linhagens que formarão diferentes tecidos como: muscular, ósseo, nervoso, etc.
No interior do núcleo desta célula primitiva existe uma bagagem gênica completa, com capacidade de transmitir as informações necessárias para toda a vida do futuro ser que esta célula originará. Em um determinado momento, nesta contínua série de divisões mitóticas, inicia um processo denominado diferenciação celular. Este processo é de extrema importância, pois permitirá que novas linhagens celulares passem a existir e já iniciem a estruturação de um complexo organismo. Este fenômeno de diferenciação celular permite, em última análise, que a célula resultante da divisão seja diferente da antecessora.
Durante muito tempo, os biólogos ensinavam a mitose como sendo a divisão de uma célula em duas exatamente iguais. Há relativamente pouco tempo, com os novos entendimentos propiciados pela moderna biologia celular, foi sendo definido um novo tipo de mitose. A mitose assimétrica. O conhecimento desta mitose assimétrica permitiu a ideação de um tipo de célula com características especiais. Esta célula ao se dividir origina uma célula que se diferencia e outra que mantém as mesmas características da original.
Desta maneira, ela pode se diferenciar em outra, ao mesmo tempo em que pode manter suas características primordiais. Esta manutenção de características permite, no organismo adulto, que haja um grupo de células que ainda mantêm características ancestrais, ou precursoras, ou troncas. Por essa razão são denominadas células-tronco.
Diante das considerações anteriormente expostas, posso dizer que célula tronco é um assunto polêmico, mas que deveria ser colocado em discussão, pois, pessoas portadoras de anomalias poderão ser curadas pelo tratamento com célula-tronco.

*Aluna do Primeiro Período de LETRAS da FVJ.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

MERCADO DE TRABALHO. Texto de Mateus Diogo reflete sobre a necessidade da informação para a conquista dos novos espaços


MERCADO DE TRABALHO; inovações tecnológicas na era da informática


Mateus Diogo de Freitas*



As noções de trabalho/emprego/segurança social, tratadas quase como sinônimas, mudaram com o passar do tempo, em interação com a evolução da sociedade e das condições da produção. Assim como mudaram as realidades que se escondem por trás dessas noções.
Vários são os fatores que, conjuntamente e em interação, contribuíram para a construção desta nova realidade do trabalho. Entre eles a globalização econômica e a disseminação das inovações tecnológicas e organizacionais; as transformações no papel dos estados; a disseminação do individualismo como valor nas sociedades contemporâneas e o crescimento da participação feminina no mercado de trabalho.
O impacto desses fatores, por sua vez, pode ser percebido na nova configuração do mercado de trabalho, com o aumento do nível de desemprego, o crescimento da informalização nas relações trabalhistas, o deslocamento setorial do emprego, e a transformação nos requisitos funcionais, com a exigência de novas habilidades e competências.
Nas últimas décadas, as mulheres invadiram o mercado de trabalho. No Brasil, a participação feminina aumentou expressivamente: em 1999 representavam 41,4% da PEA (população economicamente ativa) contra 31,7% em 1979. Esse ingresso veio associado a transformações nas relações familiares e conjugais (como exemplo, o número de famílias chefiadas por mulheres encontra-se em constante crescimento – em 1989 representavam 20,1%, em 1999 chegou a 26%). Esses avanços, no entanto, encobrem obstáculos importantes a serem superados no século XXI, conforme publicado na internet.
Segundo o artigo publicado na internet, o Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas (PNUD) elaborou dois índices para mensurar o avanço feminino na sociedade e no espaço de trabalho: o índice de desenvolvimento relacionado ao gênero (GDI), e o índice de poder (empowerment - EM) de gênero. No primeiro índice, o Brasil ocupa a 66ª posição, bem atrás da Argentina (35), Uruguai (37) e México (50) e até de países islâmicos como a Malásia (57) e a Líbia (65).
Em outras palavras, as mulheres representam mais de 40% da força de trabalho no país. Porém, esta inserção ainda é preponderante nas ocupações e ofícios que guardam correlação direta com as funções que elas desempenham no espaço doméstico, tendo menor status social e demandando menor qualificação formal; conseqüentemente auferindo menor renda.
Conforme pesquisa feita na internet, em São Paulo, as mulheres recebem, por hora, 76% do rendimento obtido pelos homens e o desemprego feminino fica sempre acima do masculino. E quanto maior a escolaridade, maior a diferença salarial entre homens e mulheres na mesma ocupação. Esse padrão se repete em muitos países. Mas, para mulheres brancas, esta diferença em relação aos homens está caindo. Projeções indicam que daqui a 30 anos não haverá mais discriminação salarial contra elas.
As barreiras, visíveis e invisíveis, que mantêm as mulheres fora dos cargos mais qualificados e mais bem remunerados são inúmeras: a feminização de determinadas profissões e sua subseqüente desvalorização, resistências sociais, a maternidade e a desigualdade na divisão das tarefas domésticas, a falta de massa crítica de mulheres nas organizações, dentre outras.
O mercado de trabalho tem um campo vasto, no entanto requer praticidade e constante atualização de informações. Quem não está apto, informatizado e disposto a inovar no mercado de trabalho, ficará provavelmente, aquém das necessidades de nossa época.

*Aluno do I período de Letras da FVJ

MEIOS DE COMUNICAÇÃO. Texto de Alrilene Barbosa expõe sobre essa parafernália dos tempos modernos


MEIOS DE COMUNICAÇÃO; o mundo não seria o mesmo sem eles


Alrilene de Lima Barbosa*



Os meios de comunicação são objetos que auxiliam no recebimento e transmissão de informações. Dessa maneira, eles nos ajudam a nos comunicar um com o outro. Por exemplo: se estivermos em uma cidade podemos conversar com um parente de outra cidade. Existem diversos meios de comunicação como, por exemplo, o telefone, a televisão, o rádio e o jornal. A internet também nos possibilita comunicar-se através de vários meios, como MSN, chats, etc. É graças ao avanço da tecnologia que cada vez mais os meios de comunicação permitem que nos comuniquemos com pessoas em maiores distancias no menor espaço de tempo. Cada meio permite que nos comuniquemos de uma maneira diferente com o outro. Por exemplo: a televisão permite que muitas pessoas vejam a mesma noticia, mas é através do telefone que conseguimos transmitir a noticia que escutamos para as outras pessoas. O telefone é um meio de comunicação que transmite som, ele permite que duas pessoas se comuniquem ao mesmo tempo; ele foi inventado aproximadamente por volta de 1860. O rádio também é um meio de comunicação muito importante, pois em alguns lugares é o único veiculo de comunicação que consegue chegar, informando e divertindo a população. Ele foi inventado em 1896, mas só se popularizou após a Primeira Guerra Mundial. Os meios de comunicação são muito importantes, pois através dele nós adquirimos muitos conhecimentos.

*Aluna do I Período de Letras da FVJ

VIOLÊNCIA URBANA. Texto de Ana Katarina discute as raízes sociais deste problema


VIOLÊNCIA URBANA; investimentos em educação podem amenizar o problema



Ana Katarina Laurindo dos Santos*



É comum quando lemos ou assistimos qualquer meio de comunicação vermos notícias que envolvem o assunto da violência urbana. Mas o que vem a ser violência urbana? Ela nada mais é do que todo e qualquer ato violento que seja físico ou não, que prejudica a ordem pública das comunidades que vivem em centros urbanos. Existem várias causas que podem explicar esse grande mal que assola a segurança das pessoas, porém a mais importante delas é a má distribuição de renda, que resulta na privação da educação e melhores condições de moradia.

É notório que as populações que são privadas de condições dignas para viver, acabam se tornando, até pelo próprio meio em que vivem, pessoas revoltadas com a realidade vivenciada pelos mesmos e algumas dessas pessoas acabam escolhendo o lado mais difícil, o da criminalidade e da violência. Resultado disso são seres humanos completamente revoltados e incapazes de controlar seus próprios atos. E é assim que a violência acaba surgindo.

Muitos são os casos que a mídia anuncia todos os dias pelos meios de comunicação. Um dos que chocaram a população foi o caso do menino João Hélio, que foi arrastado por vários metros, preso ao cinto de segurança do carro da mãe que acabara de ser assaltada por bandidos. Os ladrões ironizaram dizendo que “o que estava sendo arrastado não era uma criança, mas um mero boneco de Judas”.

Mas o que fazer para acabar com este grande mal? Talvez se houvesse uma escola pública de qualidade, interação entre políticas urbanas e políticas de segurança pública, a participação de toda a sociedade cobrando soluções, e uma distribuição de renda mais justa, certamente todas as pessoas se beneficiariam com uma sociedade mais igualitária e principalmente sem violência.

*Aluna do I período de Letras da FVJ.

DIREITOS TRABALHISTAS. Texto de Rita de Cássia fala dessa conquista histórica dos trabalhadores


DIREITO TRABALHISTA NO BRASIL; Uma história de lutas e de conquistas



Rita de Cássia Barbosa de Carvalho*



Direito Trabalhista, ou Direito Laboral, é o conjunto de normas jurídicas que regem as relações entre empregados e empregadores, e os direitos resultantes da condição jurídica dos trabalhadores. Direito do Trabalho no Brasil se refere ao modo como o Estado brasileiro regula as relações de Trabalho e as normas e conceitos importantes para o entendimento das mesmas. As normas do Direito do Trabalho brasileiro estão regidas pela CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), pela Constituição Federal e por várias Leis Esparsas (como a lei que define o trabalho do estagiário, dentre outras).
O trabalhador é o elo mais fraco de relação trabalhista. O empregado recebe, portanto, proteção jurídica especial por parte do Estado. Essa proteção se assenta na idéia de
justiça distributiva, que atenta para a produção de uma igualdade material (e não somente formal) entre as partes. Esse princípio se divide em três sub princípios: Princípio in dúbio pro operário, Princípio da aplicação da norma mais favorável e Princípio da condição mais benéfica. Além desses, existem outros princípios, tais como: Princípio da irrenunciabilidade de direitos, Princípio da continuidade da relação de emprego, Princípio da inalterabilidade contratual lesiva e Princípio da intangibilidade salarial.
A
Emenda Constitucional 45 de 2004 trouxe uma modificação importante para a justiça do trabalho, que se tornou agora competente para processar e julgar as ações oriundas das relações de trabalho (art. 114, I, da CF/1988). Anteriormente, talvez fosse mais correto dizer que e justiça do trabalho seria a “justiça do emprego”, pois era somente das relações de emprego que esta tratava. Agora, a Justiça Trabalhista brasileira passa a ter competência sobre as relações de trabalho em sentido amplo. Com a Emenda de 2004, ela passa a ter jurisdição sobre qualquer relação de trabalho, mesmo que esta não envolva subordinação jurídica. Assim, trabalhadores como pedreiros, pintores, técnicos de informática, e outros que sejam autônomos irão buscar seus direitos na Justiça do Trabalho.


*Aluna do I Período de letras da FVJ.

POBREZA. Texto de Mara Poliana traz a tona um problema milenar


A POBREZA; preocupação atual para um problema antigo



Mara Poliana Simões Barbosa*



Atualmente podemos ver quantas pessoas sofrem por não ter do que se alimentar, do que se vestir e onde morar; uma carência de bens muito grande predomina neste mundo. Pela falta de oportunidade de ter um trabalho digno as pessoas sofrem bastante para conseguir se manter é aí que entra o desespero de mãe, pai e filhos; é nesse momento que vários problemas na sociedade aparecem; o roubo pela sobrevivência, a prostituição, as drogas, fazendo com que com que cada dia mais o ser humano torne-se um vulnerável ao crime.
A sociedade se destrói a cada dia, a falta de assistência para crianças e adolescentes é imensa e a parte considerável delas é encontrada nas ruas e praças, quando as mesmas deveriam está freqüentando uma escola.
Para a maioria dos que se vendem para ter um prato de comida ou possuir um teto, as conseqüências mais tarde serão terríveis. Podemos ver jovens com as doenças sexualmente transmissíveis, sendo espancadas, abusadas sexualmente; fazendo com que a vida se transforme em um verdadeiro pesadelo.
Temos que se conscientizar para melhorar as condições da vida dessas pessoas; abrir novas portas de emprego para que elas possam trabalhar e ter seu sustento, ter assistência médica melhor, oferecer oportunidades para que essas crianças possam estar dentro de uma sala de aula fazendo cursos e para que futuramente possam ser independentes, crescer e realizar seus sonhos. Assim o sucesso será alcançando com o propósito de viver bem, fazendo o que gosta e formando uma sociedade bem estruturada na área espiritual, sentimental e financeira.

*Aluna do 1º período de letras da FVJ

A EMANCIPAÇÃO DA MULHER. Texto de Lívia Monteiro discute o papel da mulher na atualidade


A EMANCIPAÇÃO DA MULHER; avanços significativos ao preço de muitas lutas



Lívia Maria Monteiro Rodrigues*



A expansão do papel da mulher no mercado de trabalho tem sido contínua. A tentativa das mulheres de se igualarem se iniciou há muitos anos, mas tem seu marco principal no dia 8 de março de 1857, quando operárias resolveram paralisar seu trabalho no intuito de reivindicarem melhorias de salários.
Embora a nossa sociedade ainda se encontre machista e preconceituosa, a inserção das mulheres no mercado de trabalho está aumentando a cada ano e cada vez mais vem sendo notada a sua participação em trabalhos que há algum tempo só era realizado por homens.
No Brasil, quando falamos em escolaridade, a população feminina também vem aumentando sua participação e ultrapassando os homens, ocupando a grande maioria no nível superior.
Mesmo com o nível de escolaridade elevado, as mulheres ainda são vítimas de preconceito, principalmente quando se fala em igualdade salarial, que é um dos fatores que mais tem causado repercussão em todo o mundo. É comum mesmo depois de muito tempo de luta por igualdade feminina, mulheres exercerem a mesma função e terem a mesma carga horária de trabalho dos homens, mesmo assim tendo remuneração bem mais baixa quando comparadas com a masculina.
Além de tantos preconceitos enfrentados pelas mulheres na sociedade, grande parte da população feminina enfrenta sérios problemas dentro de casa. A violência praticada por parte de seus companheiros é uma das questões de maior relevância. Indefesas, as mulheres sofrem agressões diárias, silenciosamente. O impedimento de exercerem uma profissão fora de casa, também é um dos obstáculos enfrentados por elas. Ainda existem maridos machistas a ponto de proibirem suas esposas de trabalharem fora e jamais aceitarem que elas recebam salários mais altos que eles.
Mesmo com tantas desigualdades e preconceitos, as mulheres mostram-se incansáveis quando o assunto é lutar por seus direitos. Atualmente elas vêm conseguindo emprego com mais facilidade que os homens, demonstrando perfeição no que fazem, mesmo que muitas vezes elas trabalhem em dobro dentro e fora de casa.
A população feminina não pode e não deve desistir de continuar lutando por igualdade. Esse esforço não é somente para diminuir, mas sim para acabar com a desvalorização da mulher. Os avanços sem dúvidas têm sido percebidos, mas, para que a igualdade aconteça por completo, toda a sociedade terá que passar por uma transformação, conscientizando-se da ideia de que mulheres e homens são iguais e têm os mesmos direito e deveres
.

*Aluna do I Período de Letras da FVJ.


A CULTURA DO ARACATI. Texto de Diego Braga ressalta os talentos aracatienses


A CULTURA DO ARACATI; muito potencial para pouco apoio

Diego Braga de Oliveira*



O Aracati dispõe de uma grande variedade cultural, no entanto, esse lado que muitas vezes é uma marcante característica de nossa cidade, não vem recebendo o devido valor que merece. Mas, não é isso que vai inibir nosso espírito artístico. Apesar de não contar muito com a contribuição pública, eles fazem valer seu talento e mostram a todos o que eles têm e fazem de melhor.
São muitos os talentos aracatienses, dentre eles estão: dança, teatro, música, esculturas de madeira, de gesso, pinturas, artes plásticas, humorismo, dentre outras.
Quem nunca ouviu falar do carnaval de Aracati? Uma festa que reúne várias cidades e municípios tanto vizinhos quanto distantes, que se juntam para desfrutar de uma festa que conta com a forte manifestação cultural das pessoas que compõem este evento. Um grande exemplo disso é o carnaval cultural, que acontece ao mesmo tempo do carnaval tradicionalmente conhecido.
O carnaval cultural é composto pelos chamados “ blocos culturais” que foram resgatados e hoje fazem parte desta festa. Quem dá vida a esses blocos são artistas da terra que sabem como ninguém pôr na avenida criatividade, cores; muitas vezes fazem homenagens a grandes nomes de nossa cidade.
Enfim, falar de cultura no Aracati é praticamente falar das raízes da cidade, pois em toda a nossa história sempre tivemos este talento para criar, para escrever, e etc. Estas marcas sempre irão ter, pois já virou um símbolo da nossa condição de aracatiense. Aracati sempre foi e sempre será um verdadeiro berço de artistas.


*Aluno do I período do Curso de Letras da FVJ

quinta-feira, 20 de maio de 2010

BULLYING. Texto de Janienne trata do comportamento nas escolas


BULLYING NAS ESCOLAS; tratamento adequado pode resolver desvio de comportamento

Janienne*


Bullying é um ato caracterizado pela violência física ou psicológica, de forma intencional e continuada, de um individuo, ou grupo contra outro individuo, ou grupo, sem motivo claro. O bullying é um problema mundial, sendo encontrado em toda e qualquer escola, não estando restrito a nenhum tipo específico de instituição: primária ou secundária, pública ou privada, rural ou urbana. Pode-se afirmar que há escolas que não admitem a ocorrência desses atos entre seus alunos, ou desconhecem o problema, ou se negam a enfrentá-lo.
No Brasil, a palavra “Bullying” é utilizada principalmente em relação aos atos agressivos entre alunos ou grupos de alunos nas escolas. Até pouco tempo, o que hoje reconhecemos como Bullying, era visto como fatos isolados, “briguinhas de criança”, e normalmente família e escola não tomavam atitude nenhuma a respeito. Atualmente o Bullying é reconhecido como problema crônico nas escolas, e com conseqüências sérias, tanto para vitimas, quanto para agressores. As formas de agressão entre alunos são as mais diversas, como empurrões, pontapés, insultos, espalhar histórias humilhantes, mentiras para implicar a vitima a situações vexatórias, inventar apelidos que ferem a dignidade, captar e difundir imagens (inclusive pela internet), ameaças (enviar mensagens, por exemplo), e a exclusão.
Entre os meninos, os tipos de vitimação são mais de cunho físico. Ainda que não efetivada a agressão, os agressores costumam ameaçar, meter medo em suas vitimas. Já as meninas agressoras costumam espalhar rumores mentirosos, ou ameaçarem e espalharem segredos para causar mal estar. As ameaças podem vir acompanhadas de extorsão, chantagem para obter dinheiro, por exemplo. Tanto vitimas, quanto agressores podem sofrer conseqüências psicológicas desta situação de abuso, porém o que normalmente acontece, é que todas as atenções dos responsáveis (pais e professores) se voltam para o agressor, visto como um marginal em potencial, e a vitima é esquecida. O Bullying atrapalha inclusive a aprendizagem, sendo que normalmente os agressores são as crianças com maior porcentagem de reprovação.
Não existem soluções simples para se combater o bullying. Trata-se de um problema complexo e de causas múltiplas. Portanto, cada escola deve desenvolver sua própria estratégia para reduzi-lo. A escola deve agir precocemente contra o bullying. Quanto mais cedo o este problema cessar, melhor será o resultado para todos os alunos. Intervir imediatamente, tão logo seja identificado à existência desta situação na escola e manter atenção permanente sobre isso é a estratégia ideal. A única maneira de se combater este desvio de comportamento é através da cooperação de todos os envolvidos: professores, funcionários, alunos e pais.
Quando não há intervenções efetivas contra o bullying, o ambiente escolar torna-se totalmente contaminado. Todas as crianças, sem exceção, são afetadas negativamente, passando a experimentar sentimentos de ansiedade e medo. As medidas adotadas pela escola para controlar esta situação, se bem aplicadas e envolvendo toda a comunidade escolar, contribuirão positivamente para a formação de uma cultura de não violência na sociedade
.


*Aluna o I período de Letras FVJ

PEDOFILIA. Texto de Vanessa Oliveira trata desse crime abominável



PEDOFILIA; é preciso denunciar e combater a impunidade



Vanessa Oliveira de Andrade*



Hoje, a pedofilia é um dos temas mais abordados e discutidos da sociedade moderna. Para a psicanálise, a pedofilia é tida como uma perversão sexual. Porém, o que mais impressiona é que na maioria dos casos de abusos sexuais de crianças os principais agressores são os tios, padrastos e pais.

Muitas vezes o pedófilo apresenta uma sexualidade pouco desenvolvida e temendo a resistência de um parceiro em iguais condições, escolhe como parceiro uma pessoa mais vulnerável. Mas será que esse distúrbio sexual justifica tal ato? A resposta é não, pois o abuso sexual de menores gera danos na estrutura e nas funções do cérebro da criança molestada. Danos estes que em algumas dessas crianças podem tornar-se irreversíveis. Mas afinal de contas o que leva uma pessoa a cometer um ato tão cruel contra uma criança? Doença ou pura monstruosidade?

O problema da pedofilia no Brasil, por gerar muita polêmica, vem finalmente despertando os olhares da justiça. Basta ver, por exemplo, o que diz o Estatuto da Criança e do Adolescente, em seu artigo 241, prevendo pena de um a quatro anos para quem fotografar ou publicar cenas de sexo que envolva crianças. Sabe-se que não é uma pena muito alta, mas para um país que é tido como país da impunidade já é um bom começo.

*Aluna do I período do Curso de Letras da FVJ