CÉLULA-TRONCO; pesquisas mostram uma luz no fim do túnel para portadores de anomalias
Rosiane Oliveira da Silva*
Nos últimos anos o assunto “células- tronco” tem sido muito debatido, e é objeto freqüentemente exposto na mídia. Como a maioria das grandes novidades, esta área está sendo superestimada se for considerada a realidade atual, entretanto não há dúvidas de que as suas potencialidades são enormes. Pode-se até esperar um novo tipo de medicina a partir da evolução dessas pesquisas. Na verdade, o que se tem hoje são uma série de perspectivas e os resultados obtidos nas experiências em animais de pequeno porte não podem, ainda, ser estendidos para a espécie humana.
Experiências clínicas têm, entretanto, mostrado resultados alentadores. Os diferentes tecidos são formados por células com características diversas. Quando uma das primeiras células do embrião sofre uma mitose e se divide, as duas células resultantes têm a mesma constituição genética e as mesmas características. A embriogênese progride com a contínua multiplicação das células, aumentando o número das mesmas e o tamanho do embrião. O interessante é que dentro da célula mais primitiva, o zigoto, existe informação suficiente para que, na medida em que essas células forem se dividindo, aos poucos ocorra uma diferenciação, originando diferentes linhagens que formarão diferentes tecidos como: muscular, ósseo, nervoso, etc.
No interior do núcleo desta célula primitiva existe uma bagagem gênica completa, com capacidade de transmitir as informações necessárias para toda a vida do futuro ser que esta célula originará. Em um determinado momento, nesta contínua série de divisões mitóticas, inicia um processo denominado diferenciação celular. Este processo é de extrema importância, pois permitirá que novas linhagens celulares passem a existir e já iniciem a estruturação de um complexo organismo. Este fenômeno de diferenciação celular permite, em última análise, que a célula resultante da divisão seja diferente da antecessora.
Durante muito tempo, os biólogos ensinavam a mitose como sendo a divisão de uma célula em duas exatamente iguais. Há relativamente pouco tempo, com os novos entendimentos propiciados pela moderna biologia celular, foi sendo definido um novo tipo de mitose. A mitose assimétrica. O conhecimento desta mitose assimétrica permitiu a ideação de um tipo de célula com características especiais. Esta célula ao se dividir origina uma célula que se diferencia e outra que mantém as mesmas características da original.
Desta maneira, ela pode se diferenciar em outra, ao mesmo tempo em que pode manter suas características primordiais. Esta manutenção de características permite, no organismo adulto, que haja um grupo de células que ainda mantêm características ancestrais, ou precursoras, ou troncas. Por essa razão são denominadas células-tronco.
Diante das considerações anteriormente expostas, posso dizer que célula tronco é um assunto polêmico, mas que deveria ser colocado em discussão, pois, pessoas portadoras de anomalias poderão ser curadas pelo tratamento com célula-tronco.
*Aluna do Primeiro Período de LETRAS da FVJ.
Rosiane Oliveira da Silva*
Nos últimos anos o assunto “células- tronco” tem sido muito debatido, e é objeto freqüentemente exposto na mídia. Como a maioria das grandes novidades, esta área está sendo superestimada se for considerada a realidade atual, entretanto não há dúvidas de que as suas potencialidades são enormes. Pode-se até esperar um novo tipo de medicina a partir da evolução dessas pesquisas. Na verdade, o que se tem hoje são uma série de perspectivas e os resultados obtidos nas experiências em animais de pequeno porte não podem, ainda, ser estendidos para a espécie humana.
Experiências clínicas têm, entretanto, mostrado resultados alentadores. Os diferentes tecidos são formados por células com características diversas. Quando uma das primeiras células do embrião sofre uma mitose e se divide, as duas células resultantes têm a mesma constituição genética e as mesmas características. A embriogênese progride com a contínua multiplicação das células, aumentando o número das mesmas e o tamanho do embrião. O interessante é que dentro da célula mais primitiva, o zigoto, existe informação suficiente para que, na medida em que essas células forem se dividindo, aos poucos ocorra uma diferenciação, originando diferentes linhagens que formarão diferentes tecidos como: muscular, ósseo, nervoso, etc.
No interior do núcleo desta célula primitiva existe uma bagagem gênica completa, com capacidade de transmitir as informações necessárias para toda a vida do futuro ser que esta célula originará. Em um determinado momento, nesta contínua série de divisões mitóticas, inicia um processo denominado diferenciação celular. Este processo é de extrema importância, pois permitirá que novas linhagens celulares passem a existir e já iniciem a estruturação de um complexo organismo. Este fenômeno de diferenciação celular permite, em última análise, que a célula resultante da divisão seja diferente da antecessora.
Durante muito tempo, os biólogos ensinavam a mitose como sendo a divisão de uma célula em duas exatamente iguais. Há relativamente pouco tempo, com os novos entendimentos propiciados pela moderna biologia celular, foi sendo definido um novo tipo de mitose. A mitose assimétrica. O conhecimento desta mitose assimétrica permitiu a ideação de um tipo de célula com características especiais. Esta célula ao se dividir origina uma célula que se diferencia e outra que mantém as mesmas características da original.
Desta maneira, ela pode se diferenciar em outra, ao mesmo tempo em que pode manter suas características primordiais. Esta manutenção de características permite, no organismo adulto, que haja um grupo de células que ainda mantêm características ancestrais, ou precursoras, ou troncas. Por essa razão são denominadas células-tronco.
Diante das considerações anteriormente expostas, posso dizer que célula tronco é um assunto polêmico, mas que deveria ser colocado em discussão, pois, pessoas portadoras de anomalias poderão ser curadas pelo tratamento com célula-tronco.
*Aluna do Primeiro Período de LETRAS da FVJ.
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